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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Três setores da vida planetária em crise: saúde, governo e dinheiro


"...A real ajuda virá de onde o homem menos espera..."

"...Pelo mau uso da mente, o homem confunde
desejos com necessidades verdadeiras..."

"...Como se poderá evitar que o planeta
venha a explodir sob as forças
involutivas que o envolvem, entre elas,
os opressores sistemas econômicos vigentes?..."

Sri Aurobindo, ser que considerava os assuntos do ponto de vista cósmico, não limitado pelas leis tridimensionais da matéria física, declarou, certa vez, que não havia encontrado solução para três setores da vida na superfície do planeta Terra: o primeiro (que para ele permaneceria insolúvel, até que tivesse início novo ciclo do mundo) era o da saúde; o segundo, o do governo; e o terceiro, o da energia monetária, ou dinheiro. Conforme sua visão, algo teria de ser transformado e esclarecido na consciência humana, antes que eles tivessem solução ou recebessem tratamento de nível espiritual. Assim, segundo Aurobindo, continuariam a ser encarados no mesmo nível denso, ou seja, a proporcionar sofrimento e, no caso específico do dinheiro, até a provocar atos criminosos.

A saúde depende do caminho que o indivíduo segue em suas sucessivas encarnações. Enquanto ele usa o livre-arbítrio (estado mental que a raça humana deverá transcender para, em seguida, entrar em uma ordem superior de vida, harmonizada com a vontade universal) não é possível que tenha plena saúde, dado que opta por certas situações movido pela aparência e não por conhecimento mais profundo.

Pelo mau uso da mente, o homem confunde desejos com necessidades verdadeiras, dando margem, assim, para que o supérfluo predomine em sua vida. Vivendo para o supérfluo, deixa de compreender o que realmente se passa com todos os seres e nos acontecimentos, desgastando-se em luta contínua que, no decurso, o exaure e, até mesmo, as reservas naturais planetárias. Somente quando passar a auscultar sua verdadeira necessidade, interna e espiritual, e não superficial e material, o homem poderá ter saúde e seguir a vontade suprema.

Também o governo, enquanto não for movido por energias vindas do núcleo interno da consciência cósmica do homem, não contará com liderança harmonizada com as leis universais. Os governos existentes cuidam, na melhor das hipóteses, do progresso material, social, econômico e tecnológico da sociedade (a expensas de outros povos menos favorecidos em vários sentidos). Na verdade, porém, esse progresso é manifestação apenas parcial da lei evolutiva.

Chegamos agora ao terceiro ponto até hoje insolúvel na vida da superfície da Terra: o dinheiro. Qual seria o caminho para harmonizar as forças que levaram o planeta ao caos atual? Se no universo existe tudo o que é necessário para todos, por que aqui há miséria? Como é que se instaurou esse desequilíbrio, agora irreversível, a menos que algo global aconteça para solucioná-lo? Como se poderá evitar que o planeta venha a explodir sob as forças involutivas que o envolvem, entre elas, os opressores sistemas econômicos vigentes?

Os ecologistas têm tentado chamar atenção para a necessidade de se salvarem certas espécies animais, de se preservarem florestas, de não se comprometer o solo, assim como a água, com adubos químicos venenosos. Além disso, têm buscado alertar as populações para a realidade dos buracos de ozônio, da chuva ácida, da ameaça nuclear, do perigo que advém do uso de pesticidas. O que se tem visto, no entanto, é o prevalecer de uma força maior do que os movimentos altruístas empreendidos.

Quando se buscar, em primeiro lugar, o desenvolvimento da consciência, o equilíbrio que advirá disso refletirá nos níveis externos e materiais da vida. Consequentemente, a pressão que hoje os homens exercem uns sobre os outros desaparecerá.

Trigueirinho.

Palestras do autor poderão ser ouvidas gratuitamente no site: www.irdin.org.br

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