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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Onde buscar ajuda?

"...Estamos sendo convidados a
transcender o sentido, desenvolvido há tempos
e sempre alimentado, de que somos indivíduos
separados uns dos outros..."

Imagem Google

Nossa época apresenta grandes desafios

Os valores éticos parecem ter desaparecido, os diversos sistemas de governo se mostram inadequados, a violência e a fome aumentam sem limites, a ciência se perde em tecnologias e a Natureza, explorada e transcurada, reage. Contudo, a desesperança está com os dias contados. Um novo estado de ser emerge em vários pontos do planeta, e um número cada vez maior de pessoas começa a reconhecer uma mente superior.

Pode-se perceber a manifestação espontânea desse novo estado sobre tudo em algumas crianças antes de serem cercadas pela educação comum, pelos programas escolares e por certo de psicologia, materialista, que se restringe apenas à parte externa do ser humano. Para a mente superior se expressar nos adultos, estes terão de se determinar a não se estagnar no viver normal, já superado, e ir ao encontro da própria fonte interna de conhecimento, paz e alegria. O certo é que um mundo novo está pronto nas profundezas do coração da humanidade. Por milênios sementes foram plantadas e regadas, e seu despontar, há muito aguardado, agora se deixa vislumbrar.

Há séculos Santa Teresa de Ávila já tinha clareza a respeito do grande tesouro que constitui essa fonte interna no ser humano e do intenso trabalho que em geral se despende para contatá-la. Chegou a dizer que não se deveria desistir, viesse o que viesse, custasse o que custasse, quer se chegasse ao fim, quer morresse no caminho. A força para trilhar tal senda vem da nossa própria consciência superior, que está fora da influencia do tempo e do espaço. E como podemos chegar a isso? Ponde-nos em solidão e olhando para dentro de nós mesmos, recomenda-nos Santa Teresa.

“Sê simples ... Sê simples” , sugeriu por sua vez a Mãe, instrutora do Ashram de Sri Aurobindo, na Índia. Pioneira que em meados do século XX compreendeu profundamente a natureza oculta da vida nas células, ela percebeu as imensas possibilidades que o surgimento de um estado de ser iria trazer e apresentou chaves para facilitar tal processo. “Todas as complicações vêm da mente e do cérebro“, disse-nos em sua “Agenda“. Exortou-nos pôr de lado, ao menos por instantes, a mente inferior, que regulamenta, organiza e julga. E o que a Mãe chama de simples nada mais é que uma espontânea alegria na ação, na expressão, no movimento, na vida. Ela propõe o reencontro dessa condição divina, verdadeira e feliz em nosso interior.

Leis ainda desconhecidas estão vindo à tona na vida de cada um de nós. Temos, hoje, a impressão de estar sempre recomeçando e de que tudo transcorre com mais velocidade. Estamos sendo convidados a transcender o sentido, desenvolvido há tempos e sempre alimentado, de que somos indivíduos separados uns dos outros. Os limites da mente racional estão prestes a ser superados, e este é o momento de transição. A partir de suas experiências interiores, a Mãe revelou como ir além desses limites: ao nos sentirmos sob a pressão dos hábitos e da vida comum, devemos recolocar-nos por inteiro no presente, sem a influencia de más recordações. Assim, com ajuda, evocada sem cessar, dos níveis mais elevados da nossa consciência, o movimento correto se restabelece.

Trigueirinho

Retirado do jornal Sinais de Figueira. nº 9 - Setembro a Dezembro de 2005

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