Compromisso dos Filhos do Sol
Aquele que conseguir despertar o seu “Sol Interior” terá o dever de mostrar aos seus irmãos de jornada o caminho para esse reencontro, a maior herança a que a Humanidade, sem qualquer distinção, tem direito.
E que os “Filhos do Sol” despertem e encontrem-se nesta vida!
Existem três cartas da Terra. A primeira, o Hino ao Sol, de Akhenaton; a segunda, o Cântico ao Sol, de Francisco de Assis; a terceira, a Carta da Terra aprovada pela ONU.
Estas mensagens visam contribuir para o necessário, urgente e vital despertar coletivo da condição Solar da Humanidade e do que teremos de fazer para cumprir o propósito de nossa existência, como indivíduos e civilização na Terra.
Futuro da Humanidade está condicionado à formação de bases científicas, tecnológicas, econômicas, sociais, políticas e espirituais que permitam o alcance de uma Civilização Solar, uma grande religação cósmica, a única alternativa que poderá gerar, ainda no Século XXI, uma era de Paz e Esperança na Terra.
Sabemos, porém, que o despertar coletivo da Humanidade é uma tarefa imensa. Mesmo diante de tamanho desafio, aceitamos a parte que nos cabe, ainda que ela represente o mesmo que uma gota d’água no oceano. Cumprir a missão pessoal é um direito e dever.
Que o Sol sempre brilhe em nossas vidas!
O Hino Sol, ou Cântico das Criaturas, foi composto por volta do ano de 1226 d.C., em plena Idade Média. Recebeu, portanto, grande influência do espírito alquimista que imperava nessa época.
O Hino ao Irmão Sol está subdividido em nove estrofes: Introdução, o Sol, a Lua e as Estrelas, os quatro elementos - Ar, Água, Fogo e Terra - o Amor Divino e Vida Eterna.
É uma perfeita “Carta da Terra Medieval”. O espírito dos mestres alquimistas está bem claro em cada uma de suas linhas.
Francisco de Assis conseguiu alcançar o grande objetivo do verdadeiro alquimista: a Alquimia Interior, a “União Mística”. “Transformar chumbo em ouro, o ódio em perdão. A tristeza em alegria, o conhecimento em ação.”
Para o verdadeiro alquimista, transformar chumbo em ouro significava alcançar a pureza e perfeição espiritual. A biografia de Francisco de Assis demonstra que esse ideal foi por ele atingido.
São Francisco sempre foi tido como um dos maiores místicos da Antiguidade. Mas o Hino ao Sol revela que ele também pode ser considerado um grande alquimista, pois fez de sua própria alma um eficiente laboratório.
Além disso, os modernos alquimistas não estariam à procura daquilo que Francisco de Assis encontrou séculos atrás: uma ciência do espírito?
Não seriam os Decretos da Grande Fraternidade Branca invocações de natureza alquímica, que visariam produzir profundos e permanentes efeitos físicos e espirituais?
“Eu Sou a magnitude manifestada na forma humana. Eu Sou Luz, Eu Sou Luz, Eu Sou Luz!”
Uma transmutação interior que conduziria a um ser diferente e a uma nova postura perante o mundo? Para a nossa civilização, o grande ensinamento de Francisco de Assis é o de nos remeter ao ideal de uma vida mais simples, uma necessidade individual e coletiva, de ordem planetária.
Uma vida mais simples, porém plena de sabedoria e espiritualidade, dois valores que a tudo poderão fundamentar.
Isso nunca foi tão necessário e vital como nos dias atuais, quando precisamos encontrar alternativas para o futuro próximo.
Mas jamais encontraremos tais alternativas enquanto não nos sentirmos parte deste mundo. Fomos colocados na Terra para, aqui, evoluirmos espiritualmente. Esta é a nossa grande verdade existencial.
A separatividade é muito grande, sendo a fonte primária de nossos problemas como civilização. Em consequência, somos alienígenas em nosso próprio planeta natal.
Em outros termos, devemos encarar o mundo de frente, pois aqui estão os grandes desafios e suas soluções.
Mas, para isso, antes precisamos romper com todas as amarras que nos impedem de sair das “cavernas”, como no mito de Platão, nas quais há conforto e segurança, mas impedem a evolução.
Existe um Projeto Cósmico no qual a Humanidade está inserida. Há, portanto, um propósito e um profundo significado que envolve a todos nós e a tudo o que nos rodeia. A ciência chama a isso de “teia da Vida”.
A nossa condição Solar é a porta de acesso a esse maravilhoso mundo. A Criação colocou em cada um de nós uma Centelha Divina: o “Sol Interior”.
Quando o “Sol Interior” está ativo em nosso mundo mental-espiritual, sua Luz ilumina cada canto de nossa alma. Toda a nossa memória cósmica pode vir à tona. Quando passamos a saber porque estamos aqui e agora, a Vida torna-se sagrada e cada momento rico e precioso.
Uma das grandes missões de nossa existência é a de reencontrarmos o “Sol Interior” e repassarmos a sua Luz para a Humanidade. Ninguém pode e nem tem o direito de guardar apenas para si mesmo o que pertence a todos.
Assim, despertar consciências para o significado de si mesmas e da Vida na Terra é a mais nobre missão que existe, a peça-chave e fundamental para o mais importante acontecimento na história da Humanidade: a “Revolução Solar”.
O reencontro dos “Filhos do Sol” será, principalmente, de natureza consciencial. Muitos, porém, se encontrarão fisicamente e isto já começa a acontecer. Como toda mudança social, o reencontro dos “Filhos do Sol” terá um tempo de maturação. Contudo, atingido o nível de “massa crítica”, nada mais poderá detê-lo, pois ganhará vida própria. Neste momento de nossa história, temos de nos apoiar, mais do que nunca, na Espiritualidade. Isto é fundamental. Mas a Espiritualidade espera que façamos algo por nós mesmos. Será o nosso teste como civilização.
Namastê!
Paulo R. C. Medeiros, autor destas mensagens, reside em Brasília/DF – Brasil e poderá ser contatado através dos e-mails: sinfoniams@ibest.com.br e cidadesdosol@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário