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Além do estrago que os tsunamis causam na terra, um novo estudo descobriu que eles também impactam (de maneira surpreendente e pouco compreendida) a atmosfera da Terra.
Agora, os cientistas quererem entender esses sinais gerados pelos tsunamis, para poder prever essas ondas potencialmente devastadoras. Para isso, eles estão utilizando um dispositivo muito comum, o GPS.
O tsunami gera “ondas de gravidade atmosféricas”. Com o GPS, os pesquisadores observam estas ondas atmosféricas em uma área chamada ionosfera, que se situa entre 80 e 500 quilômetros acima da Terra.
Essencialmente, essas ondas geradas pelo tsunami vão “arrombar” partes da ionosfera, causando um tumulto entre as partículas que vivem lá. Essas ondas causam anomalias nos dados de GPS, e isso pode permitir aos cientistas identificarem melhor a origem e a magnitude de um tsunami – mas isso ainda não é possível. As ondas aparecem em alguns lugares e em outros não, por isso é necessário mais estudos para entender como interpretar esses dados.
Essas ondas podem viajar mais de 300 quilômetros acima da Terra. Quando elas começam, são minúsculas. Como a onda viaja através de material cada vez mais fino, suas oscilações podem ficar maiores.
A força de um tsunami vai perturbar o ar na superfície do oceano apenas 3 ou 4 centímetros. Conforme as ondas atmosféricas sobem, elas ficam maiores. Quanto mais alta, menos densidade tem a atmosfera. Por isso, as moléculas de ar podem se mover muito mais sem esbarrar umas nas outras.
A energia produzida por um terremoto submarino ou deslizamento de terra submarino é imensa, mas a perturbação é quase imperceptível na superfície do oceano por causa da grande quantidade de água através da qual a energia viaja. No entanto, conforme essa energia se aproxima do litoral, há cada vez menos água para transportar a energia, e a onda fica enorme.
A preocupação imediata dos pesquisadores e financiadores do estudo é educar o público sobre as ameaças de tsunami. Eles advertem que a Falha de Cascadia, que fica ao largo das costas do noroeste do Pacífico, entre o norte da Califórnia e o Canadá, é muito semelhante a Falha de Sumatra, a mesma por trás do tsunami de 2004 que matou mais de 220.000 pessoas.
Por enquanto, a ideia do estudo é conseguir melhorar os aparatos de detecção de tsunami o mais rápido possível.
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