"Pense sobre os acontecimentos que lhe ocorreram há dez anos atrás. O que restou deles, todo sofrimento e desgosto, toda alegria e afeição? Para onde foi tudo isso? Tudo isso desapareceu, assim como se nunca tivesse existido.
A mesma coisa está acontecendo com a sua experiência de hoje. Neste exato momento, suas experiências particulares chegam e quase instantâneamente desaparecem.
Quando a morte acontecer ao seu corpo, em que terá se transformado toda sua vida? Em que se transformará toda sua vida, suas experiências, todas as suas preocupações, prazeres, tudo? A resposta é Zero. Nada acontece, é como se nada tivesse acontecido. Foi tudo um sonho.
Somente o imutável profundo, sobre o qual todas as experiências aparecem e desaparecem é que é real, é que permanece intocável.
Se você fosse uma onda no oceano e começasse a pensar em si mesmo como um indivíduo separado, você iria viver na superfície e ser chicoteado, perdendo contato com a sua realidade que é a água. Isso é o que acontece com a mente ignorante. Ela não está separada de Deus, a consciência universal, mas ela pegou a idéia de que é separada.
Enquanto esta ilusão persistir, a mente continuará a aparecer para levá-lo para fora da realidade.
Realidade é a consciência absoluta, mas não pode perceber-se porque é Um. Para que o conhecimento absoluto perceber-se, deve então manifestar-se e tornar-se dois.
O mundo é o reflexo do Absoluto. Assim, o Absoluto tem a capacidade de ver a si mesmo.
O reflexo não tem existência em si mesmo. Este ato de manifestação é a criação da dualidade, e na dualidade aparente, o mundo inteiro aparece.
A física atômica do século XX demonstrou que toda matéria é nada mais que energia. Esta evidência apareceu há alguns milhares de anos aos sábios da antiga Índia, eles expressaram a mesma verdade nos Upanishads!
Os olhos físicos do corpo humano, não podem ver obejtos como puro espaço e energia. Por causa das limitações de percepção visual, objetos como formas coloridas, com bordas que parecem separá-las umas das outras. Isso não é mais uma maneira "correta" de ver objetos sólidos; seria melhor que vissemos os seres animados como apenas luz amorfa. No entanto estamos acostumados a vê-los como sólidos e separados.
O Vedanta afirma que os objetos do mundo são "Namarupa" apenas. Nama significa nome e rupa significa forma.
As formas e seus nomes andam juntas no processo mental de percepção e o reconhecimento de ambos, são projeções sobre a realidade não dual, da mesma forma que as imagens são projetadas em uma tela. As imagens são apenas luz colorida, a luz em si mesmo é incolor.
Objetos, embora eles pareçam ter forma e serem reconhecidos por seus nomes, ainda assim, não são separados do espaço que os impregna.
Espaço permite todas as formas do mundo aparecerem.
Espaço permite todas as formas do mundo aparecerem.
Mas a realidade é mais sutil do que o espaço, porque é consciente deste espaço também."
Ranjit Maharaj em The Way of the Bird
Unma pagina amiga www.divinamadre.org
ResponderExcluirAmor y Luz