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terça-feira, 14 de setembro de 2010

O R D E M

"...na verdade, não existe
“tragédia”, “catástrofe” ou “desastre”.
Estes são termos utilizados por
aqueles no julgamento
tridimensional destes acontecimentos..."

Imagem Google
Uma mensagem de Scott Rabalais –
2 de Setembro 2010

O Tsunami no Oceano Índico em 2004 tirou as vidas de mais de 200.000 pessoas. Pode dizer-se o mesmo do Sismo de 2010, no Haiti, que também deixou feridas 300.000 pessoas e mais de um milhão sem abrigo. O ataque de 11 de Setembro de 2001 causou milhares de mortes e deixou milhões profundamente afectados. De um ponto de vista da terceira dimensão, estes acontecimentos foram julgados como trágicos, devastadores e catastróficos. A percepção dominante, natural ou fabricada pelo homem diz que, qualquer evento que resulte numa enorme perda de vidas é, no mínimo, altamente infeliz.

A visão transcendente oferece um quadro muito distinto. Em vez de oferecer uma perspectiva de caos e de perda, a consciência maior mostra que tudo está na divina ordem. Para compreender tal ponto de vista, é importante ter em consideração que cada ser humano é luz – luz infinitamente inteligente, no cosmos e do cosmos. Esta luz está inerentemente ligada a toda a luz, ou toda a existência, incluindo todos os seres humanos e toda a natureza. Enquanto podemos não estar conscientes de todas as profundas conexões que rodeiam os dramáticos acontecimentos mundiais, podemos estar certos de que há muito mais a funcionar por detrás do “véu” ou fora da nossa consciência.

Cada pessoa está em cada momento exactamente onde dita a sua consciência, baseada na inteligência infinita. Os que se encontram em tais notáveis acontecimentos “trágicos” fazem-no como resultado de um acordo com a consciência maior, mesmo que isso resulte em morte ou ferimentos. No que diz respeito à luz, não existe morte, por assim dizer, porque a luz nunca se extingue. No momento da “morte”, da partida do veículo físico, a alma deleita-se. Do ponto de vista tridimensional, consideramos frequentemente a morte como a perda final. Do ponto de vista de uma consciência superior, a morte não é mais do que remover as “vestes” da nossa existência terrena.

Existe sempre um propósito maior em eventos massivos tão “destrutivos”, e a dinâmica pode envolver uma mudança ou uma libertação de energia. Os acontecimentos podem estar ligados ao estado do planeta, ao sistema solar, à galáxia e mais além. Do mesmo modo, podem também estar ligados a cada um dos indivíduos que estão envolvidos no sucedido, quer directa quer indirectamente. A inteligência que está envolvida nas “catástrofes” está muito para além do alcance da nossa compreensão. Da perspectiva de uma consciência superior, considera-se que a ordem divina está envolvida em cada aspecto destes acontecimentos.

Deste modo, a transcendência oferece uma visão além da percepção tridimensional; na verdade, não existe “tragédia”, “catástrofe” ou “desastre”. Estes são termos utilizados por aqueles no julgamento tridimensional destes acontecimentos. Na verdade, são espectáculos de energia surpreendentes que têm sempre resultados benéficos. Eles são da luz e da inteligência infinita.

O conceito de uma ordem mais elevada implica um padrão, estrutura ou organização em qualquer situação. Quando se aborda a ideia da morte humana, a perspectiva da terceira dimensão é bastante sombria. Constitui, frequentemente, um tópico proibido nas discussões sociais. O medo da morte é um dos mais proeminentes medos que assolam a humanidade. É o grande tabu. E, contudo, do ponto de vista de uma consciência superior, a morte é considerada como uma transição ou mudança, uma troca de cenário e um movimento natural da luz. É um motivo de celebração, não de luto. É tão natural como a brisa na praia e o sol no deserto. A percepção “superior” é a da paz, da compreensão, e a que cabe no padrão e na estrutura de uma existência de um modo perfeito.

A percepção de uma ordem superior não está limitada aos chamados “maiores” eventos, mas a cada aspecto do cosmos. Por outras palavras, tudo se encaixa perfeitamente no tecido da existência, independentemente das aparências ou de como o podemos julgar com uma mente limitada. Não existe aleatoriedade no cosmos, apesar de podermos julgar uma situação como se tivesse ocorrido aleatoriamente.

Por exemplo, imaginai um homem que cai do seu telhado enquanto o repara. Ele parte a perna, o que o obriga a ir para o hospital. Durante a sua estadia no hospital, ele conhece uma enfermeira, de quem se torna amigo e com quem, eventualmente, casa. Enquanto está lá é visitado por um amigo, que lhe sugere que façam ambos uma parceria de negócios. Juntos, irão fabricar e vender cintos de segurança, para telhados. A partir desse negócio, é realizado um saudável rendimento que permite aos recém-casados começarem uma família. E a história continua, em muitas direcções.

Neste simples exemplo, podemos começar a ver a ordem superior na situação deste homem. O que pode ser rotulado como um “acidente” pode, de uma perspectiva superior, ser visto como uma ocorrência afortunada. Foi a queda que levou, no fim de contas, muitas bênçãos a este ser humano. A queda foi manifestada por ele para fazer surgir tudo o que se seguiu e foi realizado, deste modo, em cooperação e conjunção com as almas de outros. Existe uma inteligência e um raciocínio superior para além do que podemos chamar de “infortúnio”.

Quando vivemos da luz, sentimos uma ordem maior ou superior a operar. O desenrolar natural das nossas experiências dá-nos a percepção do propósito e valor infinitos na nossa vida. Se não experimentarmos a ordem superior nas nossas vidas isso não significa que essa ordem maior não esteja a agir. Essa ordem está sempre a funcionar onde existe luz, e a luz é omnipresente. Como seres de luz, não podemos escapar a essa ordem, independentemente do que as circunstâncias e as aparências possam ser. Não está dependente da consciência que tenhamos dela para existir. A abertura da nossa consciência para uma percepção de uma ordem superior é a própria ordem superior.

Uma compreensão da divina ordem de qualquer situação pode ser obtida movendo-nos para um nível de consciência superior. Quanto mais alto vamos, mais elevada é a sensação de ordem que encontramos. Existe sempre uma percepção disponível que nos traz paz e compreensão, embora possamos ter que entrar no domínio da alma para a obtermos. Provavelmente, precisaremos de nos elevar acima dos nossos condicionamentos aceites e dos pontos de vista da mente pensante limitada, para vermos através das lentes do infinito.

Não existe caos no cosmos. Não existe caos na vida de qualquer ser humano, excepto se assim o julgarmos. Soltai os julgamentos e as percepções limitadas e encontrareis uma vida perfeita, uma ordem divina – independentemente das aparências. Podemos descansar em paz no conhecimento de que esta ordem divina é o tecido da existência. É o tecido das nossas vidas. É o tecido de quem somos. Somos seres de uma ordem divina.


Direitos de Autor Scott Rabalais – É concedida permissão para copiar e distribuir este artigo de forma livre, na condição de que o nome do seu autor seja incluído no mesmo.

Tradução: Ana Belo - anatbelo@hotmail.com

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