1- FORMAS DE EVOLUÇÃO
Existem duas formas possíveis de evolução.
Uma é externa ou horizontal; a outra interna ou vertical.
Uma é a expansão; a outra a elevação. A expansão é tridimensional. Ela expande os limites da tua consciência pensante, racional, mental concreto. A elevação é a que permite a tua introdução em dimensões e reinos internos, fora da terceira dimensão.
A primeira pode ser a devoção por seres, por deuses, deus ou divindades, através das religiões; a outra é o caminho solitário do encontro interno.
O caminho externo também pode ser considerado evolutivo porque trás uma compreensão mais profunda da vida das relações e do próprio individuo que a siga (mas de forma horizontalizada). A segunda eu considero a verdadeira evolução porque, em considerar mais a parte interna, trabalha mais intimamente com a verdade imutável e na manifestação desta verdade interna na vida pratica.
2- VIVER NO MUNDO SEM SER DO MUNDO
Há algo de viver no mundo sem ser do mundo nisto. Esta é uma boa comparação. A escolha precisa ser feita num determinado momento, para saber-se o que escolher: o mundo corrente, da realidade externa, ou o mundo interno, da loucura santa e da realidade oculta (pela mente pensante e pela sociedade). Mas quando esta escolha é feita e o caminho trilhado, quando a certeza do mundo interno desperta e temos consciência que ele está em nós e que podemos ver esta realidade mais clara e mais calma, até, podemos voltar ao mundo, na tentativa de equilíbrio entre aquilo que vivenciamos no interno com o que temos que realizar e ser enquanto encarnados e vivendo aqui neste plano, neste mundo, com outros seres humanos que ainda não conseguiram perceber isto. E é só a partir deste ponto que ajudamos de fato, porque com a conquista da visão interna, que não é a visão de coisas ou fenômenos, mas a percepção da vida interna, então de fato conquistamos algo concreto. E isto nos torna fonte de toda energia e auxilio que outros possam querer.
3- RITUAIS
Quanto aos rituais, dentro do contexto todo que estou tentando mostrar, ele deve ser interno. Eles foram instituídos para recriar o movimento da energia percebida no plano interno, fruto do contato com seres e dimensões que antes estavam mais acessíveis para o ser humano, dada a densidade planetária. Hoje é no silencio que isto se recria. Por isto se diz que atualmente não se usa mais ritual.
As iniciações nas escolas esotéricas ou grupos que se utilizem desta prática seguem este mesmo princípio, da conexão entre o interno e o externo, mas atualmente existe uma forte interrupção deste contato, fruto mesmo da boa intenção dos que tentam auxiliar a elas, os iniciadores e os iniciantes. O que provoca esta interrupção são as misturas de energias e freqüências, elas limitam, dispersam, conectam com seres e forcas que desvirtuam a integridade original e até sagrada do método ao qual o iniciando esta sendo introduzido. Desta maneira, a chamada tolerância religiosa ou de praticas só funciona na “câmara externa”, pois na interna é impossível que iniciador e iniciando pertençam a correntes diferentes da que é necessária para a sua conexão. (lembra do “impossível servir a dois senhores”?)
Por exemplo, estou tentando formar com o MOINTIAN grupos de pessoas internamente fortes e conscientes naquilo que fazem e sejam a tal ponto que possam por si mesmas reformular suas praticas e processos para encontro interno. São pessoas que tem a força para a conexão interna, para a verdadeira iniciação. Desta maneira funciona ou pode acontecer o encontro ecumênico, porque nenhum precisa invadir o terreno do outro, pois sabe que qualquer um tem a força para despertar aos que encontrem.
4- EMOÇÕES
Nos dias de hoje, com o que já conquistamos - como humanidade, espiritualmente - não cabe mais a resolução de conflitos puramente emocionais. Exige-se uma elevação de certos conceitos e que devem refletir-se na vida pratica produzindo uma atitude mental que nos permita alcançar uma compreensão mais apurada do que sejam de fato as emoções.
Neste contexto, a cura emocional deve basear-se em reconhecer o que a vida nos oferece e não o que ela tenha nos retirado.
É uma simples mudança de perspectiva mas que faz toda a diferença. Além do que nos preserva de continuarmos no papel de sofredores e nos recoloca no papel de seres responsáveis, integrados e perfeitos.
Abraça o teu vizinho, o teu colega, mas não exige o abraço daqueles que não estão ao teu lado.
Mas sempre cuida para que este abraço não seja para retirar a energia boa da pessoa, mas para dar-lhe ou, no mínimo, para trocar.
5- PERCEBENDO DIMENSÕES
O interessante disto tudo é que nas diferenças das pessoas podemos ver e perceber diferentes dimensões de realidade. Como? Simples: cada um de nós (ou muitos grupos) vive em dimensões diferentes, realidades, de vida, de cultura, de consciência, completamente distintos. O fantástico disto é que de alguma forma interagimos, mas interagimos no que chamamos espaço próprio, que é o respeito pelo nosso ambiente. Interagimos com todas as dimensões, mas não emergimos nas dimensões dos outros. Veja como isto é certo quando olhamos a vida das pessoas. Quantas realidades, modos de vida, completamente diferentes. Mas interagimos porque percebemos estas realidades. Mas elas não fazem parte de nós. De certa forma estamos inseridos nelas ou as percebemos porque já tivemos alguns traços delas ou teremos, do contrario, não estariam na nossa percepção, no nosso quadro de percepção. Então esta pequena demonstração serve para que saibamos que vivemos em um mar de dimensões.
Da mesma maneira, observando as transformações que ocorrem em nossos corpos físicos no decorrer de nossa vida, bastando olhar para o passado, lembrar do passado, podemos perceber que fomos várias pessoas distintas. A única coisa imutável, e também em apenas alguns aspectos, porque houve transformações internas, foi nossa consciência. Quanto mais conscientes estivemos em cada fase de vida, mais imutável foi nossa essência enquanto nosso corpo se transformava. E isto que estamos analisando apenas a vida presente. Agora, se colocamos estes mesmos fatos para o interno e mais profundo, vamos poder relacionar isto com a vida da alma, da monada, e disto concluímos que a alma passa pelas mesmas transformações, mas apenas não percebemos ou não lembramos porque não estávamos totalmente conscientes da importância dos eventos que estávamos vivendo. Quando estas coisas de fato se tornam importantes, mais consciência tomamos, e as marcas se tornam permanentes, despertando as lembranças. E outro fator que não devemos esquecer é que temos diversos mecanismos em nossa mente que nos protege do excesso de informação. Como por exemplo, não estamos conscientes de todos os processos automáticos do nosso corpo, da mesma forma que não temos consciência do sem numero de informações que passam pela nossa mente e consciência durante um dia apenas. Agora, querer ter esta consciência expandida para anos passados e para outras vidas, realmente é muito complicado. Por isto que os eventos do passado devem aparecer naturalmente, quando são de fato transformadores e marcantes.
por Delci Jardim
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