Houve um tempo em que era virtualmente impossível não acreditar em um deus. A vida não fazia sentido e uma “mão sobrenatural” que tinha poder sobre todas as coisas e fornecia explicações sobre o mundo era bem útil. Haviam muitos mistérios a serem explicados. Porque o rio tinha períodos de cheia? Porque a terra ficava mais fértil? Porque aquelas estrelas estão lá, e coisas do gênero.
No entanto, duas coisas importantes aconteceram, e elas deveriam ter significado o fim da religião: o mundo ficou menor, as pessoas se conheceram, diferentes culturas entraram em contato. E o segundo item foi a ciência, que forneceu explicações para muitos das dúvidas humanas que impulsionaram as religiões do planeta.
Mas, mesmo assim, ao contrário do que Nietsche acreditava, a religião não morreu. Mesmo com a ciência para explicar fenômenos e com muitas religiões se confrontando e se contradizendo, a maioria das pessoas ainda tem suas crenças e acredita em uma religião, que será mais cabível, nessa determinada situação, do que outras.
De acordo com pensadores, a religião não é nem mesmo moral. Elton Jhon diz que baniria as religiões do planeta: “A religião transforma pessoas em seres cheios de ódio e, com certeza, não representa compaixão”.
Como a mesma coisa pode ter diferentes significados para pessoas que se consideram preocupados, cheios de compaixão por outros? Porque as pessoas matam em nome de um deus que seria misericordioso?
Certamente, cada religião tem seus problemas de audiência. Os cristãos tem sua lista de padres considerados culpados por pedofilia. Muçulmanos são taxados de terroristas. Até mesmo os anti-religiosos passam por falta de credibilidade. Eles tentam etiquetar todos os crentes de fanáticos – o que é uma negação da cultura aberta que, teoricamente, agnósticos pregam.
Seja qual for o resultado da guerra de culturas, temos dados científicos surpreendentes. 40% dos pesquisadores eram religiosos em 1933. Atualmente, a porcentagem permanece a mesma. Como isso é possível se a ciência é a inimiga da religião?
Aparentemente, a religião ainda tem seus benefícios, mesmo que Elton John pense o contrário. Se há problemas em países subdesenvolvidos os grupos religiosos são os primeiros a tentar tomar providências. Não posso me lembrar da última vez que um grupo ateu organizou-se e foi visitar um hospital ou recolher donativos para um asilo.
Isso não quer dizer que ateus não sejam engajados – eles são, mais em causas políticas. Quando se trata de assuntos humanos, são os grupos religiosos que tomam conta do cenário filantrópico.
Além disso a religião continua mantendo seu lugar na sociedade porque, mesmo para os não-crentes, é algo fascinante. Até mesmo para os cientistas. Não é raro encontrar pesquisas intituladas “pessoas religiosas vivem mais?”, “pessoas religiosas têm menos chances de desenvolver câncer” e por aí vai.
A religião dominou completamente, e com mão de ferro, por mais de mil anos, portanto é natural que se desapegar dessa mitologia levará tempo.
Mas lembre que antigamente, quando ficávamos doentes, a única opção era um curandeiro. Com a evolução da ciência, hoje vamos ao médico que nos ajuda a resolver o problema sem velas e rezas. Dessa mesma maneira a solução dos problemas morais e espirituais não será mais focado na religião algum dia no futuro. [Scientific Blogging]
Observe o leitor essas pessoas cujas vidas são um reflexo do torvelinho psicológico que reina em suas mentes. Mudam sem cessar de direção, de rota, de propósito; jamais se sentem seguras de nada; aqui e ali tratam de adquirir, emprestada, a convicção ou a certeza que nunca podem obter por si mesmas. Hoje a pedem a um livro, amanhã a um conferencista, depois a uma ideologia, a uma religião, a um partido, etc.
Têm essas pessoas liberdade de pensamento? Pensam e agem de acordo com suas vontades? Fácil é a resposta: nelas, a vontade se encontra dominada por conspiração de pensamentos alheios, que, a certa altura da vida, chegam a ser-lhes tão necessários como a droga ao toxicomaníaco.
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