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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Devoção e busca pela união com o mais alto


"...A fusão do ser humano com seu mundo interno, sutil, não mais requer dele disciplinas ascéticas externas rigorosas, podendo ocorrer em qualquer tempo, espaço ou trabalho que ele esteja realizando..."



A insistência em aderir hoje em dia a antigas técnicas espirituais indica que o indivíduo não compreendeu o processo de evolução das energias. A fusão do ser humano com seu mundo interno, sutil, não mais requer dele disciplinas ascéticas externas rigorosas, podendo ocorrer em qualquer tempo, espaço ou trabalho que ele esteja realizando. Para tanto, basta que o indivíduo mantenha uma intenção firme e que sua consciência esteja identificada com o Único Criador de todas as essências e de todas as formas. Essa devoção permanente dissolve qualquer obstáculo à união.

É pela força dessa devoção pura e inquebrantável (atitude interna que dispensa toda espécie de manifestação física ou emocional) que se ingressa, nos tempos atuais, nos estados elevados de consciência. É esse o ensinamento que tem sido dado continuamente pelos grandes Instrutores da humanidade.

A beleza dessa elevação do homem está na fusão da sua consciência com seus níveis superiores, internos, e não na forma externa que esse processo assume.

O sinal de que isso está acontecendo com um indivíduo é que ele se torna encarregado de algum serviço útil a grupos ou à humanidade. Porém, para que isso se dê, ele passa por provas que colocam em conflito sua mente analítica, que deve, por fim, aprender a calar-se, sem, todavia, perder o discernimento e as qualidades que desenvolveu.

Ordem, harmonia e silêncio são firmados e, assim, a Lei Superior, divina, é conhecida e passa a ser vivida pelo indivíduo. Antes de desenvolver a devoção exclusiva pelo Altíssimo, ele vivia segundo as leis pessoais, psicológicas e materiais do planeta. Nesta fase personalista, o homem não sabia por onde andava nem aonde chegaria com o seu esforço. Todavia, quando alcança a etapa da devoção interior e secreta, ele percebe que faz parte de uma totalidade e que tudo, em sua vida, acontecerá para o melhor.

É preciso ter em mente, diante disso, que a Essência Única jamais trará fadiga ao ser. São os pensamentos errantes, as circunstâncias externas, as preocupações com os aspectos formais da vida e a identificação com o que é mutável que afetam o ânimo, a saúde e o equilíbrio do homem de superfície. Na era atual, ele perceberá a importância de ter o pensamento concentrado na meta espiritual e de canalizar as suas energias para o serviço ao Plano maior, divino. Já é tempo de se reconhecer que as enfermidades são produzidas também pelo pensamento dispersivo e pela concentração da mente só no que é material. É tempo de se saber que basta um pensamento na direção do Supremo, para que o caminho se abra. É bom que as pessoas não pensem em enfermidades e que busquem, unicamente, a união com o Alto, com o mais Alto.

A espera serena e a atenção permanente abrem a mente do homem à intuição. É essa linguagem da intuição que o Supremo usa para contatá-lo, desde que se mostre aberto à purificação e ao progresso. Purificação aqui significa liberação de obstáculos. Assim, quando se quer ser livre, ela é recebida com alegria e espírito de colaboração. Dessa maneira, vai-se produzindo aquilo que, em linguagem ocultista, se chamava de “luz dentro da cabeça”, e que significa compreensão superior.

O que une o ser humano à sua parte mais elevada é o saber caminhar sem paixões e apoios externos – mas com a mente e o coração fixos no amor divino, amor onipresente e onipotente.

Trigueirinho

Para aprofundar no tema ou para conhecer as obras do autor, acessar o site www.irdin.org.br ou www.comunidadefigueira.org.br.


Fonte AQUI


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